2- O VERDADEIRO PRINCÍPIO MISSIONÁRIO
Por qual motivo fazemos missões? Está é a principal pergunta a ser respondida neste capítulo e não há nenhum outro lugar onde podemos buscar este princípio e esta razão para se fazer missões senão na bíblia, na palavra viva de Deus. A importância de se ressaltar este princípio e fundamento é de suma importância para a continuação deste trabalho.
Nós entendemos que a missão de um médico é a de salvar vidas e este é o princípio motivador que o move para sua missão. O de um educador seria o de trazer conhecimento e ensinar. A missão de um político seria, pelo menos no papel, o de servir ao povo e a nação com honestidade e ética através da formulação de leis e a defesa das mesmas para que a qualidade de vida da população seja garantida. Mas o que seria o fundamento missionário então.
Para que possamos entender este princípio, nós observamos o seguinte verso da bíblia em João 3;16 que diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Deus, em seu profundo amor pelo homem que criou, enviou seu Filho para que o resgatasse e revelasse o seu profundo amor por ele. Este ato tão poderoso e tão maravilhoso iria resultar na salvação de todo aquele que nele cresse, levando a vida eterna na presença do Pai. O que levou Deus a este ato que trouxe o resultado da salvação é o tema principal deste capítulo e o fundamento do verdadeiro princípio missionário. Deus amou o mundo de tal maneira, Deus amou as pessoas que no mundo estão de uma forma tão intensa que foi movido a uma ação de profunda renúncia e dor para que este homem fosse resgatado e conhecesse as riquezas deste imensurável amor.
A razão pela qual nós, cristãos, deveríamos fazer missões, está neste pequeno versículo. O amor incomparável, imensurável, irrestrito e sem fim vindo de Deus para com o homem, que resulta numa ação apaixonada e sem medir esforços, ao ponto de entregar a própria vida, ao ponto de sentir a mais intensa dor e humilhação em prol do outro, sem medir esforços ou consequências. Esta ação nos trouxe de volta ao Pai a medida em que fomos apresentados a Ele. Da mesma forma somos chamados a compartilhar este amor vindo do Pai para com os homens com todos os homens no mundo, para que os mesmos recebam o perdão de pecados e cheguem ao conhecimento do Pai, sendo assim salvos da ira que está por vir. O que nos move a fazer isto é o amor do Pai e assim devemos nos mover, amando os homens no mundo e nos entregando por amor ao Pai para trazer este conhecimento de Deus a todos.
Um grande exemplo histórico desse princípio missionário exercido com exelência e sem medir esforços ou consequências aconteceu no ano de 251 A D, quando uma peste terrível chamada a peste de Cipriano se espalhou pelo império romano, matando 5000 pessoas por dia no império romano. O escrivão de Cipriano escreveu sobre a peste em Cartago:
“Depois começou uma peste mortal, e uma destruição execiva de uma doença horrível invadiu cada casa da população horrorizada, matando todos os dias abruptamente um incontável número de pessoas, em todas as casas. Todos estavam espalhando a doença, expondo os seus próprios amigos. Pela cidade se via não somente corpos, mas carcaças de muitos e aqueles que contemplavam estas carcaças logo iriam ver as suas próprias carcaças naquele lugar, trazendo uma grande comoção. Ninguém pensou no próximo. Ninguém nunca tinha visto nada parecido. Ninguém fez nada pelo seu próximo o que eles poderiam desejar fosse feito para eles mesmos.”
O imperador Décio culpava os cristãos pela peste estar acontecendo e os cristãos sofriam dura perseguição naquele momento no império romano. Cipriano, o bispo de Cartago, escreveu sobre a praga no documento intitulado De Mortalitate:
“Esta prova, que agora os intestines com um fluxo constant acaba com toda a força corporal; Ferimentos causando o escorrimento de fluídos por todo o corpo; vômito constante; os olhos pegando fogo com o fluxo do sangue; os pés ou outra parte do corpo caem porque estão putrefando; o corpo perde a sua força, a audição diminui e enxergar se torna difícil, tudo se torna escuro; é uma prova da nossa fé. Qual grandeza de espírito vai suportar com a perseverança contra esta morte devastadora! Qual sublimidade ficará em pé no meio da desolação da raça humana e não se prostrar com aqueles que não tem esperança em Deus; a melhor coisa a se fazer é se alegrar e abraçar o benefício da ocasião, que é mostrar bravamente a nossa fé, e perseverando no sofrimento, vamos para o Senhor na estrada estreita que Cristo nos deu nós vamos receber as recompensas da vida e fé de acordo com Seu próprio julgamento.
Os homens da época, de acordo com Eusébio de Cesaréia, estavam jogando na rua os seus pais, irmãos, filhos, esposas e maridos, tudo de acordo com quem se contaminava. As ruas estavam cheias de pessoas morrendo por toda a parte. Em resposta a carta de Cipriano, os cristãos da época tiveram a seguinte reação diante de tão horripilante peste:
“De fato, a maior parte de nossos irmãos pelo exercício do grande amor e afeição fraternal, não se poupando, mas ligando-se uns aos outros, estavam constantemente supervisionando os doentes, ministrando em suas necessidades sem temor e sem parar, e curando-os em Cristo, partiram mui docemente com eles. Ainda que contraíssem dos outros a doença, tomando-a dos vizinhos, voluntariamente por sucção, extreíam suas dores. (Que exemplo!). Muitos , também, que haviam curado e fortalecido os outros, morreram, transferindo a morte deles para si próprios e exemplificando de fato aquela expressão corrente que antes só parecia uma forma de polidez ou um cumprimento vão. Eles estavam de fato, em sua morte, os marginalizados de todos. Os melhores de nossos irmãos, de fato, prtiram desta vida desta maneira, alguns de fato presbíteros, alguns diáconos e, do povo, os que eram extremamente elogiáveis. De modo que esta própria forma de morte, com a piedade e a fé ardente que a acompanhava, parecia só um pouco inferior ao próprio martírio.”
A praga, segundo o sociologo Rodney Stark, matou 2 imperadores romanos, Hostilian and Claudius II Gothicus e dois terços da população do Egito e Alexandria. Cientistas modernos acreditam que a peste era Varíola, mas para Cipriano isto era um sinal do fim do mundo. Diante da visão do fim dos tempos, bispos como Dionísio escreveram que este era um tempo de alegria inimaginável para os cristãos no mundo. Segundo o professor da Universidade de Notre Dame e autor do livro o Mito da Perseguição Candida Boss, esta peste, juntamente com a reação em imenso amor e cuidado dos cristãos para com todos, foi o ponto chave do crescimento do cristianismo por todo o império romano.
Este ano um grupo italiano de arqueologistas missionários descobriram no Egito, na cidade de Luxor, antiga Thebes, o que eles acreditam ser ossadas datadas da época desta peste 251 AD 270 AD. Os ossos estavam cobertos com uma grossa cobertura de lima, que era uma receita antiga para evitar contaminação. Estes ossos tem uma grande probabilidade de serem de cristãos, pois existem relatos da época de cremação de corpos de pessoas mortas pela peste com a exceção dos corpos de cristãos que acreditavam na ressurreição do corpo na vinda do Senhor. Os arqueologistas encontraram potes em um lugar que eles acreditam ter sido usado para a cremação dos corpos e por isso eles puderam conectar as ossadas com a época da peste de Cipriano, segundo o artigo how an apocalyptic plague helped Christianity no CNN blog no endereço: http://religion.blogs.cnn.com/2014/06/23/how-an-apocalyptic-plague-helped-christianity/
Este é um exemplo extraordinário do princípio missionário correto, do qual queremos pontuar neste capítulo. O fundamento maior é o de que a nossa missão é muito grande, pois boa parte do mundo ainda não ouviu falar do nosso Salvador Jesus Cristo, mas que nós não podemos cumprir o nosso chamado de “ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura”, como fomos ordenados pelo Senhor, se não agirmos debaixo do princípio missionário correto. O princípio missionário correto é este amor sacrificial que vem primeiramente do Senhor para nós e então ele flui em direção ao mundo e aos povos não alcançados.
O VERDADEIRO PRINCÍPIO MISSIONÁRIO
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